O SubMundo vem trazer um tema polêmico entre as submissas: irmãs de coleira. Através do relato de hoje esperamos contribuir para que esse assunto deixe de ser tão temido e que você possa olhar para ele com um pouco mais de carinho, afinal se pararmos para pensar, na outra ponta dessa equação tem sempre outro ser humano com tantas inseguranças como nós, não é mesmo?
Abaixo, então, segue um relato em duas partes e precisamos que você, queride leitor, tenha consciência de que os fatos aqui narrados referem-se a um processo que não ocorreu da noite para o dia. Logo, trata-se de um recorte no tempo daquilo que Bela julgou mais importante de ser compartilhado para que traga alguma identificação e conforto com quem a lê.
No entanto, com esse texto, não esperamos que você se cobre mudanças bruscas de comportamento; entenda que cada um tem o seu tempo e apenas abra-se para o olhar do outro e permita-se viver essa experiência.
Então, acomode-se e vem com a gente nessa jornada pelo SubMundo!
Parte I:
A Sacerdotisa
Eu nem sonhava em conhecê-la quando ela mexeu com as minhas fantasias e me transportou para um universo maravilhosamente libidinoso. Na verdade, foi através das suas palavras e do seu olhar completamente submisso que eu enxerguei meu Mestre pela primeira vez.
Ela tem o dom da escrita e suas narrativas, repletas de detalhes inebriantes, moldaram o meu imaginário durante um bom tempo.
‘O diário de Liberty’ poderia ser um compêndio de contos eróticos, mas é infinitamente melhor quando você lembra que trata-se de um relato real e visceral.
Liberty para mim era uma ‘entidade’ que fazia parte da história do meu Mestre, uma vadia que havia passado por sua ‘casa’ e deixado sua marca. Quando eu cheguei ao SubMundo, ela não fazia mais parte do hall de vadias do meu dono, mas sua presença estava lá, imortalizada na descrição dos seus encontros com Ele.
Vez ou outra o Mestre também a mencionava com orgulho, o que fazia com que eu a mantivesse no lugar de sacerdotisa nos meus pensamentos.
Um dia, porém, aquela que era quase um ser mitológico, ressurgiu fisicamente na vida do meu Senhor. Os meus primeiros sentimentos em relação a isso não foram nada bonitos ou sobrenaturais, mas, ao contrário, bem humanos e concretos. Poderia dizer que tive ciúmes, mas era mais que isso, eu a tinha colocado em uma posição superior a qualquer outra submissa que havia passado na vida do meu Mestre, então, eu estava insegura sobre o quanto isso poderia afetar o meu relacionamento.
No entanto, tenho orgulho de dizer que eu e meu Mestre construímos uma base sólida para nossa D/s: muito mais do que pessoas com gostos sexuais compatíveis, somos parceiros, somos cúmplices e, uma vez que entendemos que fazemos parte do mesmo time, colocamos sempre o diálogo em campo e nos abrimos um com o outro.
Então, assim que tomei consciência de que havia um incômodo crescendo em mim, eu o procurei e falei tudo que eu estava sentindo. Sem surpresas, fui ouvida, tive minhas vulnerabilidades acolhidas e todo aquele medo se transformou em empatia. Ao me confortar sobre o retorno de Liberty, Ele também me ajudou a vê-la, a entendê-la e eu me coloquei em seu lugar, o que fez com que todos os meus receios fossem aos poucos sendo dissipados.
O xeque-mate aconteceu e ela me ganhou quando me enviou uma mensagem muito carinhosa questionando sobre eu estar ou não confortável dela participar de uma palestra que eu faria.
A partir daquele contato começamos a construir uma relação e posso dizer que depois de empatia, o melhor ingrediente para uma relação entre irmãs de coleira dar certo é que as duas (ou três, ou quatro…) pessoas queiram que aquilo dê certo. E nós queríamos!
Conversamos bastante, descobrimos afinidades e nos permitimos viver aquele momento. Ao mesmo tempo em que fortalecíamos nossa relação, também alimentávamos nossa libido compartilhando, entre nós e com nosso Mestre, alguns pensamentos nada puritanos.
Já tínhamos carinho, admiração, afeto, empatia, desejo e uma vontade enorme de dar vazão a toda aquela potência! E, então, marcamos nosso primeiro encontro juntas com o Mestre e esperamos a magia acontecer.
Parte II:
A irmandade
Nosso encontro foi química pura, uma mistura de ansiedade e desejo que não poderia terminar de forma mais orgásmica.
Ela tem um sorriso largo, uma voz doce de menina e olhos de noite estrelada. Seu abraço quentinho me recebeu carinhosamente naquele dia gelado de outono.
Tivemos uma tarde muito gostosa compartilhando nossas histórias de vida e expectativas entremeadas por confissões que só se dividem com irmãs. Não sentimos o tempo passar e quando nos demos conta havia chegado a hora de irmos ao encontro do dono dos nossos desejos.
Apesar de toda expectativa por trás de uma primeira experiência, eu tenho a teoria de que as “segundas vezes” tendem a ser muito melhores. Já é possível prever problemas, antecipar algumas questões e fazer melhores acordos. E assim foi o momento em que eu servi o meu Mestre junto com a minha segunda irmã de coleira.
Ele ordenou que ficássemos de costas para Ele e, sentadas lado a lado, a apenas um olhar de cumplicidade de distância, a nossa irmandade foi selada. Mãos dadas e coração na boca, Bela e Libby agora estavam prontas para serem, juntas, as vadias do Mestre Sadic.
Arrastadas pelos cabelos, ele nos colocou de joelhos, e ordenou que olhássemos uma para a outra. E naquele momento eu me atirei na janela da alma da Liberdade. Nossos corpos atraíram-se magneticamente e fundiram-se num só. Nossas bocas salivando de tesão, então tocaram-se provocando uma explosão. Dali em diante fomos conduzidas pelo prazer do nosso Mestre por uma experiência safadamente fantástica. Duas vadias unidas para proporcionar prazer ao seu Mestre, mas, ao mesmo tempo, duas irmãs zelando uma pela outra.
Enquanto Mestre Sadic se entretinha com a cane em minha pele, minha irmã calava meus gritos com sua boca molhada. Depois foi a vez da Libby ser usada como objeto do prazer do nosso dono e minha vez de sentir o gosto da minha irmã em minha boca. Assistir o Mestre a quem eu me entrego apossando-se do que é Dele foi um dos pontos altos da sessão. Uma sensação literalmente impossível de transcrever em palavras neste relato.
Mas o ápice ainda estava por vir… Tudo estava muito bem ritmado pelos comandos do Mestre Sadic e eu já sabia, pela leitura dos contos de Liberty, que quando minha irmã gozasse, ela deveria dizer “eu sou uma vadia”, mas ouvi-la ao vivo foi extremamente excitante. Meu corpo não se conteve e, imediatamente, respondeu em sintonia com os espasmos do corpo de minha irmã e gozamos em uníssono. Eu estava em êxtase numa conexão maravilhosa, quando ouvi o Mestre perguntar: ‘gozou junto com sua irmã, vadia?’ e eu só consenti com um leve murmúrio “sim, senhor”. Nossa dinâmica seguiu com mais alguns jogos e culminou no momento em que 3 libidos foram saciadas em consonância. Mestre Sadic me permitiu dividir com minha irmã o sabor do seu tesão transformado em fluido.
Se eu fechar os olhos, ainda consigo sentir o gosto do Mestre em minha boca, escutar meus gemidos sendo deliciosamente abafados, sentir o impacto da cane em meu corpo, ver a expressão séria e sádica do meu senhor, mas, principalmente, consigo lembrar que em todos os momentos Libby estava lá pra mim e eu estava lá pra ela. Enquanto nossos corpos uniam-se para satisfazer a libido do Mestre Sadic, nossas mãos se buscavam e se encontravam e esse foi o símbolo que consolidou a irmandade e essa foi a história de como Bela e Libby tornaram-se irmãs de coleira.
Com carinho,
Bela.